Uma mulher procurou a 143ª DP de Itaperuna para registrar uma
ocorrência de estelionato. Segundo ela, recebeu ligação de uma pessoa que se
apresentou como advogado, forneceu dados de um processo judicial e informou que
ela teria vencido a causa. Em seguida, solicitou uma transferência bancária
para supostos custos processuais.
A vítima realizou um pagamento via PIX no valor de R$ 2,2
mil e, após algum tempo, percebeu que havia caído em um golpe.
Como evitar e o que fazer para denunciar?
Verifique a identidade do advogado
Use a plataforma ConfirmADV: Acesse o site da OAB e insira o
número de inscrição do advogado, o estado e o e-mail para verificar se ele é
autêntico, conforme mencionado no Tribunal Regional Federal da 3ª Região e no
Portal da OAB.
Consulte o Cadastro Nacional dos Advogados (CNA): Esta
verificação pode ser feita gratuitamente no site da OAB, como informado no VLV
Advogados.
Desconfie de comunicações suspeitas
Evite pagamentos urgentes: Desconfie de cobranças urgentes
ou com ameaças de perda de valores. A maioria dos golpes usa essa tática.
Não confie em mensagens de WhatsApp: Seja cético em relação
a mensagens de cobrança ou solicitação de valores enviadas pelo WhatsApp.
Sempre confirme diretamente com seu advogado através do telefone oficial.
Não clique em links suspeitos: Evite clicar em links suspeitos ou baixar anexos recebidos por e-mail ou SMS, pois podem ser tentativa de golpe.
A OAB-RJ ajuizou uma Ação Civil Pública com pedido de tutela de urgência contra a Meta Platforms Brasil Ltda., empresa responsável pelo WhatsApp, devido a uma falha que expõe usuários a riscos de fraudes, violação de privacidade e uso indevido de dados pessoais.O problema decorre da falta de sincronização entre as operadoras de telefonia e o WhatsApp após o cancelamento de uma linha. Mesmo quando o número é desativado pela operadora, a conta do aplicativo permanece ativa e acessível via Wi-Fi, o que permite que terceiros acessem conversas, grupos, fotos, informações pessoais e chaves Pix do antigo titular.
Essa falha cria o que a OABRJ define como "janela de vulnerabilidade", o período entre o cancelamento da linha e a desativação da conta no aplicativo. Nesse intervalo, o número pode ser reatribuído a outro usuário, enquanto a conta antiga continua ativa, favorecendo fraudes, clonagem de identidade e acesso indevido a dados.
A ação destaca que a vulnerabilidade tem sido explorada em fraudes, como o chamado “Golpe do Falso Advogado”, em que criminosos se passam por profissionais da advocacia ou representantes de escritórios para extorquir vítimas por meio do aplicativo.
Casos semelhantes vêm acontecendo em várias cidades de região, muitas vezes com valores ainda maiores. A Polícia Civil alerta a população para que redobre a atenção e não realize transferências sem confirmação da veracidade das informações.
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