Emissoras de TV abertas projetam lançar plataforma de streaming

O embate entre as emissoras de TV aberta e as operadoras a cabo pode ganhar um novo capítulo em breve. Após o SBT, Record e RedeTV deixarem de oferecer sua transmissão na televisão por assinatura, as três empresas, que juntas formam o grupo Simba, estariam planejando o lançamento de um serviço de streaming para concorrer com outras plataformas do gênero, como Netflix e Globo Play. 

De acordo com o blog Sem Intervalo, do Estadão, o projeto é conhecido internamente de "Netflix brasileira". A ideia é fornecer conteúdos já produzidos pelas três emissoras, além de séries e filmes de terceiros. O acordo também prevê a produção de formatos exclusivos, mas não há informações sobre como funcionaria a criação desses programas, nem de que forma seriam disponibilizados. Atualmente, o trio libera seus programas na íntegra nos próprios sites ou em seus canais do YouTube.

A notícia chega semanas após as emissoras cortarem o sinal para as operadoras NET, Claro e Sky - aconteceu no final de março, quando foi encerrada a transmissão do sinal analógico na Grande São Paulo. A justificativa do grupo Simba é que as companhias do mercado de TV por assinatura não pagam por seus sinais. Até então, essas empresas não eram obrigadas a pagar porque ainda havia o sinal analógico. Contudo, devido ao sinal digital, a lei da TV paga passou por reformulação que autoriza as emissoras de TV aberta a vender seus sinais digitais para as operadoras de TV paga.

A Simba estima que poderá cobrar das operadores até R$ 15 por assinante pelos sinais das três redes abertas e por canais pagos que pretende lançar no futuro. Isso daria uma receita anual de R$ 3,5 bilhões por ano, o equivalente a três vezes o faturamento do SBT. Os valores são considerados abusivos pelas operadoras porque os canais das três emissoras são gratuitos na TV aberta.

Record, SBT e RedeTV dizem que as empresas de TV paga se recusam a remunerar seus sinais. No Entanto, a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) alega que o grupo Simba não fez nenhuma proposta comercial com um preço definido às operadoras. Logo, se não houve proposta, não se pode acusá-las de ignorar o assunto. Além disso, as operadoras afirmam que não é possível atender aos valores do Simba porque o mercado de TV paga está em crise desde 2014, com prejuízos milionários e, caso aceitassem, o valor desse aumento seria repassado aos consumidores.

Redação com Agências

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