A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro emitiu um
alerta para todos os 92 municípios fluminenses sobre a chegada de um período de
calor extremo com início no Natal. O aviso foi divulgado nesta quarta-feira
(24/12) pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS),
ligado à pasta estadual.
De acordo com o monitoramento feito pela ferramenta Monitora
RJ, no dia 25 de dezembro, 22 municípios devem enfrentar níveis de calor
considerados de risco à saúde, classificados entre leve, severo e extremo. A
cidade do Rio de Janeiro está na faixa de calor severo.
Entre os municípios com previsão de calor extremo estão: Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Mesquita, Niterói, Paracambi, Piraí, Queimados, São
Gonçalo e Seropédica. O nível severo atinge Nova Iguaçu, Barra do Piraí,
Belford Roxo, Maricá, Rio de Janeiro, Saquarema e Tanguá. Já o calor leve foi
identificado em Araruama, Guapimirim, Pinheiral, Rio Bonito e Volta Redonda. As
UPA's estaduais seguem funcionando como pontos públicos de hidratação.
A ferramenta usada pela Secretaria avalia quando o calor
passa a representar risco à saúde e já embasou estudos que relacionam esses
eventos ao aumento de mortalidade no estado.
“Este alerta serve para que os municípios se preparem e
ofereçam pontos públicos de hidratação e refúgios térmicos para cuidar da saúde
da população. Notamos um aumento na frequência de problemas cardiovasculares
durante esses períodos, portanto, o cuidado deve ser redobrado com este
público. Se algum familiar estiver acamado é importante garantir que se hidrate
e ficar atento à sua saúde. O mesmo serve para os nossos idosos e crianças”,
afirmou Claudia Mello, secretária de Estado de Saúde.
O impacto do calor prolongado também é observado no ambiente
de trabalho. Entre os homens, as ocupações mais expostas são pedreiros,
ambulantes, comerciantes varejistas, motoristas de ônibus e porteiros. Entre as
mulheres, o maior risco recai sobre empregadas domésticas, cozinheiras,
diaristas, costureiras da indústria de confecção e comerciantes varejistas.
“Já é notado pela ciência o perigo que se apresenta durante
períodos de excesso de calor. O indicador de risco compara a temperatura atual
às máximas dos últimos 30 anos. Consideramos também quando as madrugadas são
mais quentes, e o corpo tem menos capacidade de se adaptar. Por isso é
necessário ter cuidado redobrado”, explicou Luciane Velasque, superintendente
de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde da SES-RJ.
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