ALERJ aprova PL para impedir corte de luz e água em períodos de calor extremo

 

Crédito: Alerj

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou em segunda discussão, nesta quinta-feira (04/12), o projeto que proíbe o corte de luz e água de famílias de baixa renda em períodos de calor extremo, uma medida que voltou ao plenário meses após gerar forte divisão entre deputados e exigir ajustes sobre alcance social, critérios técnicos e impacto financeiro.

O Projeto de Lei 2.584/23 define que o benefício será destinado às famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), cabendo às concessionárias disponibilizar meios para que consumidores comprovem a inscrição.

A restrição ao corte valerá apenas quando órgãos competentes notificarem oficialmente a ocorrência de calor extremo, com base em parâmetros técnicos e objetivos adaptados às condições climáticas do estado.

Mesmo em caso de inadimplência, concessionárias de água e energia deverão manter o serviço e oferecer alternativas de negociação. O projeto também prevê multas para as empresas que descumprirem a norma, calculadas conforme a gravidade e a reincidência.

Polêmica 

O projeto chegou à segunda discussão cercado pelo histórico recente de embates no plenário. Em outubro, o texto colocou em lados opostos os bolsonaristas Felippe Poubel (PL), favorável à proposta, e Douglas Gomes (PL), contrário à matéria. Na ocasião, a divergência expôs uma rara divisão interna no bloco conservador.

Para avançar, o texto passou por ajustes que buscavam equacionar dúvidas levantadas naquela votação, como o impacto financeiro da medida, o alcance do CadÚnico e a precisão da definição dos períodos de calor extremo. A preocupação era de que o PL pudesse estimular a inadimplência. Fora isso, foi levantada a questão de que nem todas as famílias vulneráveis estariam no CadÚnico.

O autor do projeto, Professor Josemar, rebateu as críticas ao afirmar que o texto busca resguardar a vida de famílias pobres durante períodos de risco climático e não gera impacto direto para os cofres públicos. Ele destacou que os mecanismos de negociação com concessionárias permanecem obrigatórios e que o objetivo principal é evitar danos à saúde e à dignidade humana. Com informações da ALERJ.


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