A Polícia Federal afirma que o prefeito afastado de
Sorocaba, Rodrigo Manga, utilizou uma igreja ligada à família da esposa e uma
empresa de publicidade registrada em nome dela para lavar dinheiro. As
apurações apontam que valores desviados de contratos públicos eram inseridos no
sistema por meio de serviços que nunca foram executados. Segundo os
investigadores, a rede envolvia agentes políticos, religiosos e empresários. As informações são do Portal G1.
A operação, chamada Copia e Cola, levou ao afastamento de
Manga por decisão do TRF3. O tribunal entendeu que a permanência dele no cargo
poderia permitir a continuidade das irregularidades. A defesa alega perseguição
política e promete recorrer. A PF, porém, sustenta que as evidências são
consistentes e mostram liderança do prefeito no esquema.
A empresa 2M Comunicação, ligada à primeira-dama, teria
firmado contrato com a Igreja Cruzada dos Milagres dos Filhos de Deus sem
execução real. Apesar disso, a igreja pagou cerca de R$ 780 mil durante dois
anos. Outro ponto levantado é que a instituição religiosa já tinha outra
agência prestando serviços no mesmo período.
A PF também identificou enorme volume de depósitos em
dinheiro vivo nas contas da igreja e do bispo Josivaldo Batista. Foram 958
depósitos somando R$ 1,7 milhão na instituição e R$ 2,6 milhões nas contas
pessoais do bispo. Além disso, quase R$ 1 milhão em espécie foi apreendido com
integrantes ligados ao grupo durante as ações de busca.
Outro empresário citado é Marco Mott, dono de um
estacionamento e apontado como intermediário de negócios da prefeitura. Ele
teria pago R$ 448 mil à empresa da primeira-dama e movimentado mais de R$ 6
milhões no período investigado. A PF também questiona a compra de uma casa de
R$ 1,5 milhão atribuída ao prefeito, com entrada paga em dinheiro sem origem
identificada.
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