A Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ), criou, nesta
sexta-feira (03/10), uma Sala de Situação para acompanhar e encaminhar
possíveis casos de intoxicação por ingestão de metanol em bebidas adulteradas.
Durante a primeira reunião da equipe foram definidos fluxos e criados
protocolos de atuação de atendimento à população, com base nas diretrizes do
Ministério da Saúde. Até o momento não há casos confirmados no Estado do Rio.
- Estamos em alerta máximo. Antecipando ações de forma coordenadas na Saúde e
na Defesa do Consumidor para dar tranquilidade à população e apoiar os
municípios nas fiscalizações. Lançamos uma cartilha para orientar as pessoas
sobre a segurança das bebidas que consomem. Qualquer irregularidade pode ser um
sinal de adulteração. É importante denunciar - alerta o governador Cláudio
Castro.
A referência para o tratamento de possíveis casos que surgirem no estado será o
Instituto Estadual São Sebastião, na Gamboa. Haverá esquema de atendimento
imediato para possíveis pacientes com intoxicação por metanol.
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A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, determinou que seja feito um alerta específico para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) com descrição detalhada dos casos de pacientes que compareçam às unidades.
- As pessoas que apresentarem sintomas como visão turva, desconforto gástrico e quadros de gastrite após ingestão de álcool devem procurar a unidade de atendimento mais próxima de sua casa. É importante que as unidades de saúde estejam atentas para os sintomas e histórico compatíveis. Os sinais podem surgir num intervalo de 12 a 24 horas após a ingestão - explicou a secretária.
Outro protocolo estabelecido refere-se ao fluxo ambulatorial das amostras de
sangue coletadas para exames de detecção. O material humano será encaminhado ao
Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ), que fechou
parceria para análise na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Já as
amostras dos produtos sob suspeita serão enviados pelo Lacen para avaliação do
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A intoxicação por metanol pode causar cegueira irreversível e óbito. O metanol
pode estar presente em produtos como combustíveis, solventes e líquidos de
limpeza e é usado na adulteração de bebidas alcoólicas produzidas de forma
clandestina.
O Governo do Estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas de
Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS/SES-RJ), já emitiu alerta aos 92
municípios do estado sobre a situação, após as notificações de casos suspeitos
em outros estados. A SES-RJ prestará apoio técnico às prefeituras.