Confirmado o primeiro óbito do ano por febre maculosa em Campos

 

Confirmado o primeiro óbito do ano por febre maculosa em Campos

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, orienta a população para que fique atenta e evite contato direto com o carrapato do gênero Amblyomma sculptum, mais conhecido como carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. A pasta vem intensificando o trabalho de controle da doença, causada pela bactéria do gênero Rickettsia rickettisii, capacitando os profissionais da rede pública de saúde e conscientizando os munícipes.

O município tem, atualmente, três casos de febre maculosa confirmados, sendo um deles com evolução para óbito: um homem de 52 anos, morador de Sapucaia. Em 2024 foram confirmados 23 casos da doença, sendo que oito evoluíram para óbito.

A orientação da Vigilância em Saúde é para que pessoas que morem em Local Provável de Infecção (LPI) usem macacão ou calça e camisa de mangas longas, de preferência na cor clara, facilitando a visualização de carrapatos, além disso, utilizem fita adesiva prendendo a bainha da calça ou macacão com a bota, impedindo a entrada dos parasitas. No caso de encontrar carrapato fixado à pele, o médico recomenda não espremer com as unhas para que não haja contaminação. O ideal é retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça, que deverá prender o aparelho bucal e não o corpo do parasita.

“A febre maculosa é uma doença sazonal transmitida pelo carrapato estrela, que contém a bactéria Rickettsia. A transmissão ocorre principalmente entre maio e setembro, quando a população de carrapatos aumenta devido ao clima seco. Os principais locais de risco são áreas rurais e pastagens. Para evitar a infecção, é importante usar roupas longas e fazer inspeções na pele após sair de áreas afetadas”, reforçou o diretor da subsecretaria, o infectologista Rodrigo Carneiro.

Campos se tornou uma área de interesse para monitoramento da febre maculosa no estado do Rio de Janeiro em 2021. Isso indica, segundo Rodrigo Carneiro, que a infestação desses parasitas, principalmente disseminada por capivaras, tornou a patologia endêmica na região.

“Proprietários de animais devem tratá-los regularmente para reduzir a infestação. A doença pode ser grave, com até 80% dos casos não tratados levando a complicações sérias. O tratamento precoce é essencial, e treinamentos para equipes de saúde são realizados anualmente para conscientização e prevenção”, destacou o especialista, informando que na próxima semana haverá uma capacitação para médicos, enfermeiros, encarregados e demais profissionais de saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades Pré-Hospitalares (UPHs). O treinamento, que visa ao atendimento de pacientes com suspeita de febre maculosa, contará com a participação da médica pesquisadora Elba Lemos, do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Sintomas

Os principais sintomas da febre maculosa são febre alta, dores de cabeça intensas, dor muscular e articular, dor abdominal, diarreia, exantema e alterações na urina, que pode ficar mais concentrada. Eles costumam aparecer entre dois e 14 dias após a picada do carrapato infectado. Entre os animais que podem hospedar a bactéria estão cavalos, capivaras, marsupiais (gambá) e cães que circulam em região com infestação e transportando o carrapato-estrela infectado. “Esses sintomas requerem atenção médica imediata, especialmente se houver histórico de contato com carrapatos”, frisou.


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