A Polícia Federal (PF) divulgou, nesta segunda-feira, o
balanço da Operação Spectrum, deflagrada no sábado com a prisão de Luiz Carlos
da Rocha, o “Cabeça Branca”, um dos traficantes mais procurados da América do
Sul. Segundo a PF, foram apreendidos mais de 4,5 milhões de dólares, uma
tonelada e meia de cocaína, além de bens como joias, carros, relógios e
computadores.
Rocha foi preso após ter sido identificado pelo departamento
de combate ao tráfico da polícia. Ele havia feito várias cirurgias plásticas
para alterar a face e estava usando uma outra identidade, sob o nome de Vitor
Luiz de Moraes. O grupo liderado pelo traficante tinha um comportamento
empresarial e de alta periculosidade, de acordo com as investigações. Em cerca
de trinta anos de atividade, a facção utilizou ações de contra vigilância e uso
de armas pesadas.
Cabeça Branca comandava a operação desde a plantação em
regiões afastadas da Bolívia, Colômbia e Peru até o tráfico intercontinental de
drogas para a Europa e os Estados Unidos, passando pela operação de entrepostos
no Paraguai e em regiões próximas a portos brasileiros. Segundo as estimativas,
a quadrilha era responsável por cerca de cinco toneladas de cocaína que
passavam no Brasil todos os meses, para consumo interno e para exportação.
As investigações indicam que o patrimônio do traficante
possa atingir cerca de 100 milhões de dólares, entre recursos em espécie,
veículos e imóveis, boa parte em nome de laranjas, no país e no exterior.
Contas bancárias que ele manteria em paraísos fiscais devem ser alvo de
próximas etapas da operação.
No sábado, 150 policiais foram às ruas cumprir 24 mandados
judiciais, sendo dois de prisão preventiva, nove de busca e apreensão em
imóveis, dez de busca e apreensão de veículos e três de conduções coercitivas.
Os locais foram nos estados de Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Os valores em
dólar foram encontrados em dois endereços em São Paulo, já as drogas estavam em
três locais, não informados pela PF.
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