STF decidiu que irmã e primo de Aécio Neves vão para a prisão domiciliar

Depois de decidir converter em prisão domiciliar a prisão preventiva do ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) Mendherson Souza Lima, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu o benefício à jornalista Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e ao primo do tucano, Frederico Pacheco de Medeiros. Como medidas cautelares impostas pelo colegiado, Andrea e Pacheco de Medeiros deverão, assim como Mendherson, ser monitorados por tornozeleira eletrônica e entregar seus passaportes.

O placar das decisões que tirarão a irmã e o primo de Aécio da cadeia é idêntico ao do entendimento que beneficiou Mendherson. Votaram pela conversão da prisão preventiva por prisão domiciliar os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, enquanto Marco Aurélio Mello concordou apenas com a imposição de medidas cautelares e Rosa Weber decidiu pela manutenção do encarceramento.

Presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio a partir das delações premiadas da JBS, Andrea Neves e Frederico Pacheco de Medeiros foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República ao STF, ao lado de Aécio, por corrupção passiva e obstrução de Justiça. Na semana passada, a mesma Primeira Turma do STF decidiu, por 3 votos a 2, manter Andrea na prisão.

A jornalista é acusada por ter procurado o empresário Joesley Batista e pedido a ele 40 milhões de reais. A justificativa dada por Andrea Neves, segundo o delator, era de que o dinheiro era o valor que deveria ser pago na compra do apartamento da mãe, no Rio de Janeiro. A transação para o futuro repasse envolveu também Aécio, que, conforme depoimentos da delação do dono da JBS, teria afirmado que, no caso de emplacar Aldemir Bendine na presidência da companhia Vale, o próprio Bendine “resolveria o problema dos 40 milhões pedidos por Andrea Neves”.

As investigações também apontam que foi a irmã de Aécio quem intermediou o encontro entre o senador afastado e Joesley Batista, em um hotel em São Paulo, no qual o empresário gravou o tucano pedindo 2 milhões de reais.

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