O fundador da GOL Linhas Aéreas, Nenê Constantino, foi
condenado a 16 anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio
qualificado e corrupção de testemunha. Ele é acusado de encomendar a morte do
líder comunitário Márcio Brito, em 2001. O empresário terá de arcar com multa
de 84 mil reais.
Outros quatro réus também foram a julgamento. João
Alcides foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão por homicídio qualificado
e corrupção de testemunha, além de multa. João Marques, Vanderlei Batista e
Victor Bethônico foram condenados pelo crime de homicídio qualificado – os dois
últimos foram absolvidos do crime de corrupção de testemunha.
O assassinato
de Brito aconteceu em 12 de outubro de 2001. O rapaz foi morto com três tiros,
em frente a sua casa, localizada em Brasília. Ele liderava um grupo de cem
pessoas que ocupou terreno em que estava a garagem de ônibus da viação Planeta,
pertencente a Nenê, em Taguatinga. O empresário tentava expulsar os ocupantes e
chegou a ameaçar pessoalmente o líder, que teve a casa incendiada meses antes
de ser morto.
Julgamento
A sessão, que
começou na última segunda-feira e teve fim na madrugada de ontem (11/05), foi
presidiada pelo juiz João Marcos Guimarães Silva. A acusação foi feita pelo
promotor de justiça Bernardo de Urbano Resende, do MPDFT (Ministério Público do
DF e dos Territórios).
Durante o
primeiro dia de júri, Constantino e Batista pediram a dispensa das oitivas, que
foi concedida devido ao estado de saúde dos acusados. Antes do julgamento, os
réus João Alcides e Victor Bethônico respondiam ao processo em liberdade, Nenê
Constantino e Vanderlei Batista Silva tiveram a prisão substituída por medidas
cautelares.
Não foi a
primeira vez que Constantino se tornou réu. Em 2010, havia sido preso pela
acusação de encomendar a morte do então genro. O empresário foi absolvido do
caso em 2015.
Em 2011, o
pistoleiro João Marques sofreu um atentado depois de depôr contra Constantino.
Ele havia confessando participação no assassinato de Márcio Brito, a mando de
Nenê.
Outro lado
Procurada, a
GOL Linhas Aéreas não retornou o contato até a publicação da matéria.
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