O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que até
março era assessor especial do presidente Michel Temer, desembarcou hoje no
aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ele estava em Nova York e chegou ao
Brasil aos gritos de “ladrão”. Ele foi alvo da Operação Patmos deflagrada com
base em delação premiada de Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.
De acordo com a delação, Rocha Loures foi indicado por Temer
a Joesley para resolver uma pendência da empresa no Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica). O empresário o procurou, negociou
pagamentos de propina com ele e marcou um encontro para entregar o dinheiro. Os
investigadores filmaram o deputado pegando uma mala com 500.000 reais em uma
pizzaria em São Paulo, conforme imagens divulgadas na quinta-feira pelo Jornal
O Globo.
Rocha Loures foi afastado do cargo de deputado federal por
decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e sua casa em Curitiba foi alvo de
mandados de busca e apreensão. Ao chegar hoje ao Brasil, ele foi obrigado a
entregar seu passaporte na Delegacia da Polícia Federal do aeroporto.
O advogado José Luis Oliveira Lima, que defende o deputado,
afirmou em nota que ele está à disposição para “prestar todos os
esclarecimentos devidos”. “Apesar da divulgação parcial de alguns trechos da
investigação, ainda não foi disponibilizado para a defesa o acesso aos
procedimentos que tramitam no STF. Tão logo se conheça o teor da investigação,
todos os esclarecimentos devidos serão apresentados pelo Deputado Rodrigo Rocha
Loures. Registramos que o deputado está a disposição das autoridades para
prestar todos os esclarecimentos devidos”, diz o texto.
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