O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), negou hoje (5) que tenha participado de qualquer reunião para tratar
sobre manobras para iniciar o processo de impeachment contra a presidente Dilma
Rousseff.
“Não fiz manobra alguma, não combinei procedimento nenhum
com quem quer que seja e não vou combinar. A forma de tratar o assunto tem que
ser séria, dentro da Constituição”, afirmou, rechaçando reportagens veiculadas
hoje na imprensa.
Para o presidente da Câmara, as informações sobre estes
possíveis encontros podem ser, no máximo, consideradas “comentários autônomos”
repassados “de forma equivocada”.
Cunha também garantiu que só tratará o tema de forma
pública. O deputado, que integra o PMDB – partido da base aliada do governo –
anunciou o rompimento pessoal com o Executivo no último dia 17 de julho.
Desde então, é alvo de rumores de que estaria se articulando
para enfraquecer o Planalto.
Antes mesmo da decisão pessoal de Cunha, já haviam pedidos
para abertura de procedimento para a saída de Dilma Rousseff.
Depois do rompimento, ele pediu a atualização e acréscimo de
informações desses requerimentos para cumprir os pré-requisitos que os
validariam como, por exemplo, listas de assinaturas e outros detalhes.
“Alguns [pedidos] podem ser arquivados ainda hoje porque não
cumpriram requisitos. Outros vão para análise técnica e todos os procedimentos
serão de acordo com a Constituição e o Regimento Interno desta Casa. Não há
qualquer questão política do presidente da Câmara com qualquer partido ou quem
quer que seja”, reforçou.
Agências de Notícias
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