O cineasta Marcos Prado irá dirigir um documentário sobre o
brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, que foi executado na Indonésia em
janeiro deste ano depois de tentar entrar no país asiático em 2004 com 13
quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta.
Prado é mais conhecido por ter dirigido o drama Paraísos
Artificiais (2012) e o multipremiado documentário Estamira (2004). Sócio de
José Padilha na produtora Zazen, o cineasta também produziu os bem sucedidos
Tropa de Elite (2007) e Tropa de Elite 2 (2010).
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Prado afirmou que
conheceu Archer, que também atendia pelo apelido de "Curumim", em sua
adolescência, no Rio de Janeiro. "Em 1989 vim para Bali pela segunda vez e
o Curumim estava aqui. Tínhamos muitos amigos em comum, embora não fôssemos
amigos. Era um cara inteligente, piadista. Não era um traficante com uma arma
na mão. Foi um transgressor, um playboy que não quis crescer", diz o
diretor.
Segundo o diretor, a ideia de realizar um documentário sobre
o traficante partiu do próprio Archer, que se correspondeu com o cineasta
durante seus três últimos anos de vida. O filme, que ainda não tem título, irá
contar a história do Curumim de sua infância até o fuzilamento, quando levou um
único tiro no peito e agonizou até morrer no país que é conhecido por ter uma
das leis mais severas do mundo quando o assunto é tráfico de drogas. O
longa-metragem ainda irá focar na história de duas outras pessoas que faziam
parte do esquema de Archer: "Eram três sócios na empreitada da cocaína. O
Curumim, um brasileiro que não posso revelar o nome e um italiano, dono de um
barco, cuja participação seria levar a droga para a Austrália".
O diretor afirmou que ainda não sabe quando o filme ficará
pronto. É possível que o longa-metragem seja finalizado ainda em 2015. Não há
previsão de estreia.
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Cinema