Produtores de Cardoso Moreira colhem uvas o ano todo

Mesmo com temperatura a quente é possível fazer duas podas por ano 

Em uma região onde a prática da fruticultura não é comum, produtores conseguem colher uva o ano inteiro. Em Cardoso Moreira, no Noroeste Fluminense, fica a primeira produção de uva do Estado do Rio de Janeiro, onde o fruto é cultivado, há treze anos, nas terras dos produtores Maria Célia Juannes e Antônio Brandão.

Na área de quase quatro hectares estão nove mil videiras da espécie niagora rosada, que são vendidas para os municípios do interior do Estado do Rio e Espírito Santo. No ano passado, eles colheram 72 mil quilos de uva. Este ano, até agosto, já foram atingidos 40 mil e a meta é chegar a 100 mil quilos.

Ao contrário das plantações do fruto em áreas frias, no calor de Cardoso Moreira é possível fazer duas podas por ano, o que garante a colheita o ano todo. A produtora Maria Célia explica que em regiões frias não é possível fazer uma segunda poda no ano, já que a temperatura baixa não deixa o fruto desenvolver.

Mas não é apenas a alta temperatura que ajuda. É preciso todo um cuidado com a plantação. Para isso, os produtores tem um poço artesiano para suprir a grande necessidade de água para irrigação, que é de 60 mil litros por dia.

Para evitar pragas e doenças, os produtores trabalham de forma preventiva, especialmente em relação aos fungos. “É feito um cuidado sanitário de combate aos fungos para evitar que eles se instalem. Além disso, contamos com o sol como importante aliado, já que é um defensor da doença, pois evita umidade. Ainda temos que administrar a invasão de abelhas, maribondos e morcegos que surgem atraídos pelo perfume da uva”, salientou a produtora.

Como tudo começou

No início, Maria Célia e o marido resolveram apostar em 500 mudas da espécie Itália. Com a dificuldade no manuseio, já que o cacho desta variedade é grande, eles resolveram mudar para a niagora rosada, que é pequena e o cacho tem menos peso.

Em 2002, os produtores plantaram 500 mudas da niagora e até hoje investem nesta variedade. “É uma espécie mais resistente à doença e mais fácil de manejo. A Itália requer um trato com o cacho, o que exigia utilização do recurso de mão de obra”, ressalta a produtora.

Para o futuro, os produtores já tem um novo experimento. Recentemente, eles plantaram 500 mudas do pimentão vermelho, que tem alto valor de mercado.






Fonte: JTV

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  1. Gostaria de saber se essas propriedades fazem algum tipo de visitação e quando será a colheita de uvas de 2017.

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