Em assembleia realizada nesta terça-feira (30/12), os
petroleiros do Norte Fluminense decidiram suspender a greve que já durava 16
dias e aceitar a recente contraproposta da Petrobras referente ao Acordo
Coletivo de Trabalho. A categoria seguiu o indicativo de fim da greve
apresentado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF),
maior entidade representativa da categoria no país, filiada à Federação Única
dos Petroleiros (FUP).
Foi aprovada também durante a assembleia a manutenção do
estado de assembleia permanente e do estado de greve, visando assegurar o
cumprimento pela Petrobras das cartas-compromisso encaminhadas ao sindicato. Os
petroleiros aprovaram ainda o desconto assistencial ao sindicato,
correspondente a 1% do salário líquido, a ser aplicado em três parcelas.
Melhor caminho
Na avaliação do coordenador-geral do Sindipetro-NF e diretor
da FUP, Sérgio Borges, a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho e a suspensão
da greve, com manutenção do estado de greve e da assembleia permanente, “é o
melhor caminho neste momento”. “Apresentamos o indicativo, votamos e a decisão
da assembleia é soberana”, disse.
Segundo Borges, a contraproposta da Petrobras representou
avanços importantes. “Essa greve mostrou, mais uma vez, que a luta organizada
traz resultados concretos. A mobilização iniciada no dia 15 garantiu avanços
importantes no acordo e compromissos fundamentais da empresa com demandas
históricas do Norte Fluminense”.
Entre as principais conquistas, destaque para avanços na
cláusula da folga suprimida e a garantia de que não haverá punições,
transferências ou mudanças de regime para os grevistas.
“Também conquistamos a neutralização de dias de greve, o
pagamento do dia de desembarque como hora extra, a criação do Auxílio Mercado e
a complementação do Auxílio Deslocamento”, disse o diretor da FUP. “Mesmo com
pontos ainda em aberto, saímos dessa campanha mais fortes, organizados e com
conquistas que só foram possíveis graças à mobilização da categoria”,
acrescentou.
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