O ano novo começa com um aumento que será sentido no bolso
de todos os brasileiros. A gasolina c e o diesel vão ficar, respectivamente, R$
0,10 e RS 0,05 mais caros no Brasil a partir de 10 de janeiro de 2026. O gás de
cozinha deve ter um incremento de RS 1,05 por botijão de 13kg, segundo o
Sindigás. O que provocou isso foi os reajustes nos valores cobrados do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no preço dos combustíveis,
autorizado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
A entidade representa os secretários estaduais da Fazenda e
aprovou uma atualização dos valores do imposto que incidem sobre gasolina,
diesel, gás de cozinha e Gás Natural Liquefeito (GNL). Os novos valores devem
ser repassados pelos postos a partir de 10 de janeiro de 2026. Só lembrando que
o preço dos combustíveis é livre, apresentando uma variação dependendo do posto
e da distribuidora.
O aumento do tributo estadual no preço da gasolina e diesel
também deve contribuir para o aumento de uma velha conhecida dos brasileiros: a
inflação. Pelas rodovias circulam 63% de todas as mercadorias do País. Isso significa
que muitos produtos vão passar a ter embutido este aumento nos seus preços.
Contatada a Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz-PE)
informou, em nota, que "as novas alíquotas serão aplicadas de forma
uniforme em todo o território nacional, conforme determinação dos convênios
aprovados pelo Confaz".
Ainda de acordo com a nota da Sefaz-PE, os Convênios ICMS
112 e 113/2025 atualizaram os valores da
gasolina de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro (reajuste de
6,8%) , do diesel de RS 1,12 para R$ 1,17 ( 4,5%) e do GLP/GLGN (gás de cozinha
e Gás Natural Liquefeito -GNL-) de R$ 1,39 para R$ 1,47 (5,8%). Esses são os
valores cobrados de ICMS por litro de
diesel e gasolina, enquanto no GLP o valor do ICMS é por quilo do produto.
Aumento do ICMS
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados
de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro Ramos,
lamentou o reajuste, argumentando que o valor cobrado do ICMS nos combustíveis
aumenta para suprir uma demanda de "um estado cada vez maior e que precisa
de mais dinheiro". Ele estava se referindo a todos os Estados, porque a
decisão de aumentar foi do Confaz.
O empresário também disse que os Estados do Nordeste pagam
mais caro pelo combustível porque não recebem o produto via dutos. Segundo ele,
a Petrobras abastece de 30% a 40% do Nordeste e o restante tem que comprar
combustíveis de uma refinaria da Bahia que pertence a Mubadala Capital, de Abu
Dhabi, que se tornou a principal fornecedora privada da região.
Ainda de acordo com Alfredo, cerca de 80% do preço da
gasolina é extração, refino e impostos, enquanto os outros 20% são formados por
despesas relacionadas aos postos de gasolina e transportadoras. *Fonte: G1.
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