Senador ameaça deixar o PL se Cláudio Castro disputar eleição em 2026

O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), sinalizou nesta quarta-feira (05/11) que poderá deixar o partido para buscar a reeleição em 2026, caso a legenda decida lançar o governador Cláudio Castro (PL) como candidato a senador. A declaração foi feita durante um almoço na Casa Parlamento, do Grupo Esfera, em Brasília.

Portinho afirmou que pretende disputar novamente o mandato e que seu nome é competitivo nas eleições gerais do próximo ano, quando o Senado renovará duas das três cadeiras por estado. O PL, porém, já tem uma candidatura consolidada — a do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Rio de Janeiro, berço político do bolsonarismo, vive um momento de forte exposição política após a megaoperação das forças de segurança nas comunidades da Penha e do Complexo do Alemão, que deixou 121 mortos. O governador Cláudio Castro classificou a ação como um “sucesso”, o que alavancou sua popularidade e o animou a disputar uma das vagas ao Senado em 2026 — já que não poderá tentar nova reeleição ao Palácio Guanabara.

Apesar de Castro ser bem avaliado e ter seu nome testado nas pesquisas, a reeleição de Portinho ainda é vista com bons olhos por Jair Bolsonaro, o que mantém o impasse dentro da legenda. Portinho tem mantido conversas com outras siglas, como o Republicanos, para avaliar uma eventual mudança de partido se o PL decidir apoiar Castro.

Uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada em outubro, mostrou que Flávio Bolsonaro lidera todos os cenários de intenção de voto para o Senado em 2026. O governador Cláudio Castro aparece em segundo lugar, com vantagem apertada sobre os adversários, enquanto Carlos Portinho surge em terceiro, com 13% das intenções de voto, no cenário em que seu nome foi apresentado aos eleitores.

Portinho assumiu o mandato em novembro de 2020, ao ocupar a vaga deixada por Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que faleceu em decorrência da Covid-19. Desde então, o senador vem tentando consolidar sua base eleitoral no estado e agora enfrenta o desafio de conciliar seu projeto político com a estratégia eleitoral do PL no Rio de Janeiro. *Fonte: Agenda do Poder.

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