A Seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB-RJ) participou, nesta terça-feira (11/11), de uma reunião com o governador
Cláudio Castro e com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro,
Victor Santos, para tratar dos desdobramentos da Operação Contenção, realizada
nos complexos do Alemão e da Penha, no dia 28 de outubro. A OAB-RJ criou um
Observatório de investigações para acompanhar o caso.
Pela Seccional, participaram do encontro a presidente Ana
Tereza Basilio, o presidente do Observatório, Rafael Borges, e a
vice-presidente do grupo, Luciana Pires. Eles solicitaram informações ao
Governo do Estado, como cópias dos laudos produzidos pelo IML (Instituto
Médico-Legal), e trataram de temas como funcionamento das câmeras corporais,
plano de reocupação territorial de áreas conflagradas e integração com o
Governo Federal no combate ao crime no estado, entre outros assuntos.
“Foi uma reunião muito produtiva. Pedimos algumas
informações e o governador se comprometeu a nos passar tudo o que for
solicitado com total transparência. É fundamental para que possamos acompanhar
os desdobramentos dessa operação de forma isenta, sem qualquer conotação
político-partidária”, ressaltou a presidente da OAB-RJ.
O presidente do Observatório de investigações, que é
secretário-geral da OAB-RJ, Rafael Borges, também falou sobre a importância da
reunião:
“Nós deixamos muito claro que a OAB-RJ tem todo o interesse
em acompanhar as investigações dessa megaoperação de forma isenta e houve um
compromisso por parte do Governo do Estado com a transparência. Isso é muito
importante para que a OAB-RJ tenha condições de analisar os fatos de forma
independente”, disse.
A OAB-RJ também manifestou preocupação e questionou o
Governo do Estado sobre a possibilidade de interação com órgãos estrangeiros e
eventual cooperação, o que foi imediatamente negado pelo governador.
O Observatório foi criado com o objetivo de monitorar, de
forma permanente, o andamento dos inquéritos sobre a Operação Contenção,
conduzida pela Polícia Civil e pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, que
resultou em mais de 120 mortes, e garantir que todos os procedimentos sigam os
parâmetros legais e de respeito às garantias fundamentais.
PUBLICIDADE

%2015.08.10_6c26e040.jpg)


