Em visita à ALERJ, Zico propõe criação do Museu do Futebol do Rio de Janeiro

Em visita à ALERJ, Zico propõe criação do Museu do Futebol do Rio do Janeiro

A paixão do brasileiro pelo futebol pode ganhar um novo espaço de celebração e memória no Rio de Janeiro. Durante visita à exposição que comemora os 75 anos do Maracanã, no Palácio Tiradentes, o ex-jogador Zico sugeriu ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), a criação de um Museu do Futebol do Rio. A ideia foi bem recebida pelo parlamentar, que anunciou a elaboração de uma Indicação Legislativa para viabilizar o projeto.

Zico, que foi ídolo do Flamengo e da Seleção Brasileira, destacou a importância de preservar a história dos grandes nomes, times e torcidas que marcaram o futebol carioca. “Viajei para muitos países e vi grandes jogadores estrangeiros falarem do sonho de jogar no Maracanã. Nosso futebol é gigante e merece mais reconhecimento. A cultura precisa de um local que conte essa parte tão importante da nossa história”, afirmou o ex-craque.

Homenagem ao maior artilheiro do Maracanã

Durante o evento, Rodrigo Bacellar prestou uma homenagem a Zico, maior artilheiro da história do Maracanã, com uma medalha comemorativa e uma placa alusiva ao aniversário do estádio. “Ele deu muitas alegrias ao nosso povo, que muitas vezes se desconecta dos problemas cotidianos para sentir a emoção que o futebol traz. Com sua conduta exemplar, Zico inspirou valores em muitas gerações”, destacou o presidente da Alerj, que também é torcedor rubro-negro.

O ex-jogador recebeu a homenagem com emoção. “Eu tinha duas casas: a que morava e o CT do Flamengo. Vivi lá os melhores momentos da minha carreira”, lembrou. Eleito Melhor Jogador do Mundo pela revista World Soccer em 1983, Zico disse que sempre procurou manter os pés no chão, mesmo no auge da fama. “Ser referência é muito difícil porque as pessoas te idolatram, mas precisamos conviver com isso com humildade e dando o nosso melhor”, afirmou.

Memória viva do futebol no Palácio Tiradentes

A visita de Zico ocorreu durante a exposição em cartaz no Palácio Tiradentes, que reúne 437 peças e um módulo dedicado ao ídolo rubro-negro, incluindo a última camisa usada por ele no Flamengo, em 1989, em um clássico contra o Fluminense. A mostra apresenta ainda relíquias como a bola da última partida de Pelé pela Seleção Brasileira, em 1971; uma cadeira perpétua de 1950; e a camisa autografada por Garrincha em seu último jogo no Maracanã.

Também fazem parte do acervo itens de outros craques como Romário, Renato Gaúcho, Neymar e Maradona. Em pouco mais de um mês, a exposição já atraiu cerca de 2.500 visitantes.

Zico se disse surpreso ao descobrir que o holandês Johan Cruyff também jogou no Maracanã. “Eu não sabia que ele tinha atuado no estádio. Muito legal”, comentou.

As peças da mostra foram reunidas por Alex Braga, curador e colecionador desde os oito anos de idade, que contou com o apoio de outros entusiastas do esporte. “Aqui, até os mais jovens podem ver o tamanho e a importância que o Maracanã tem para o Rio e para o Brasil”, afirmou.

A proposta de Zico, agora acolhida pela Alerj, reforça o papel do futebol como símbolo da identidade nacional e da memória afetiva do povo fluminense — um passo para eternizar, em um espaço próprio, as histórias e emoções que marcaram o esporte mais popular do país. *Ascom/Alerj.


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