O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ)
ofereceu denúncia por peculato e ajuizou ação de improbidade administrativa
contra três envolvidos em um esquema de "rachadinha" no gabinete do
ex-vereador de Mesquita Leonardo Fiaux. São réus o então vereador, seu ex-chefe
de gabinete, Tomé Rodrigo de Lima, e o ex-assessor Bruno Henrique de Lima
Santos. Em uma atuação conjunta de combate à corrupção, a ação penal foi
proposta pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial do
Núcleo Nova Iguaçu, enquanto a ação de improbidade foi ajuizada pela 3ª
Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Nova Iguaçu.
Segundo as promotorias, o então vereador Leonardo nomeou
Bruno para o cargo de assessor com o objetivo de se apropriar do salário pago a
ele, por intermédio de Tomé, seu chefe de gabinete e tio de Bruno. O esquema
foi revelado pelo próprio Bruno, que confessou ter repassado os valores e
admitiu nunca ter efetivamente trabalhado na Câmara Municipal. A investigação
apurou a prática da "rachadinha" por um período de um ano, entre
agosto de 2017 e agosto de 2018. Leonardo exerceu o mandato de vereador entre
janeiro de 2013 e dezembro de 2020.
A investigação contou com a análise da quebra do sigilo de
dados bancários dos três, realizada pela Divisão de Laboratório de Combate à
Lavagem de Dinheiro da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ
(DLAB/CSI), que demonstrou a inexistência de movimentação financeira nas contas
de Bruno e dezenas de depósitos, em espécie, na conta do ex-vereador Leonardo
Fiaux.
Além da condenação pelo crime de peculato e das sanções por ato de improbidade administrativa, o MPRJ também requereu o ressarcimento aos cofres públicos de Mesquita no valor de R$ 36,6 mil.
Por MPRJ