America e Portuguesa duelam por título da Copa Rio de olho em vaga na Série D

 


As temporadas de America e Portuguesa se encerrarão deixando um bom gosto para 2026. Finalistas da Copa Rio, as equipes da Zona Norte do Rio de Janeiro estão garantidas em um torneio nacional no próximo ano. De um lado, uma grande novidade para um clube que já esteve entre os mais poderosos, mas se distanciou dos tempos áureos, e de outro, a chance de um passo definitivo para um projeto que bateu na trave outras vezes. Resta ver qual deles disputará a Série D e quem irá para a Copa do Brasil, cabendo a prioridade de escolha ao vencedor do confronto que se inicia no Giulite Coutinho às 15h de hoje, e se encerra no Luso-Brasileiro no próximo sábado (20/09), às 18h.

Quinto maior campeão carioca com sete títulos, o America deste século carrega muito mais a imagem do clube que não joga para o país todo ver desde a participação na Série D de 2010. Só que a comoção observada após a classificação na semifinal diante do Araruama não deixa esquecer a força de uma camisa ainda muito pesada. Na tarde de hoje, são esperados entre 3,5 mil e 4 mil torcedores rubros em Edson Passos.

— O America sempre foi a segunda camisa dos cariocas. Todo mundo torce, a simpatia é imensa e é uma divulgação muito fácil — diz ao GLOBO o gerente de futebol Bruno Reis, que era jogador da equipe em 2010. — Tenho um projeto de reformulação dentro do clube. É um caminho de reconstrução, seguro e bem planejado. Acho que tem que ter planejamento o tempo todo. Trabalhar dentro do que a gente pode em relação a finanças.

O dirigente chegou ao clube neste ano contratado pelo presidente Romário, que ele exalta pelo planejamento financeiro e a preocupação de pagar salários sempre em dia e quitar débitos antigos com funcionários. A principal missão fora do campo é a de reestruturar o America. Já no campo, são duas: a primeira é devolver a equipe à primeira divisão do Carioca, o que não acontece desde 2016. Neste ano, novamente a equipe não conseguiu, ao ficar em 7º na A2. A segunda era voltar ao cenário nacional, o que aconteceu com muita rapidez e ainda pode vir acompanhado do primeiro título de Copa Rio na história.

Antes de trabalhar no rubro, Reis fez escola como gerente de futebol exatamente do outro lado desta final. À frente da Portuguesa nas temporadas de 2022 e 2023, ajudou a equipe da Ilha do Governador a chegar à terceira fase da Copa do Brasil no primeiro ano — a melhor participação na história — e bater duas vezes no acesso para a Série C, caindo nas quartas de final da última divisão. Por lá, trabalhou com o hoje presidente Marcelo Barros, que anseia por fazer a Lusa subir na hierarquia.

— A Portuguesa não pode estar fora do cenário nacional, por tudo que ela já fez dentro das competições da CBF — comenta Barros ao GLOBO. — Foi um aprendizado grande a gente chegar aos jogos do acesso. Agora, conhecemos a competição e vamos buscar subir a todo custo. Não tenha dúvida que isso um dia vai acontecer. A gente já vem tentando há algum tempo, mas, uma hora, isso é natural que aconteça, com todo trabalho, investimento e busca.

Presença frequente na primeira divisão dos Cariocas dos últimos anos, a Lusa teve desempenho abaixo da crítica em 2025, terminando na vice-lanterna (11ª) atrás apenas do rebaixado Bangu. A boa campanha na Copa Rio acabou sendo uma tábua de salvação e com a equipe derrubando equipes qualificadas pelo caminho: Resende (oitavas), Bangu (quartas) e Maricá (semifinal).

Escolha

Os dirigentes evitam falar em favoritismo nesta final e Reis até prefere passar o bastão para o adversário bem conhecido. Porém, uma coisa é unânime: nenhum esconde o desejo em conquistar o título para poder escolher a participação na Série D. Dessa forma, ter um calendário mais ocupado em 2026 em detrimento dos gordos prêmios pagos pela CBF no torneio mata-mata, mas onde o imponderável é regra.

— Nosso foco é disputar a Série D do Brasileiro. Eu fiz um relatório para ter entendimento das duas competições, porque a gente não sabe o que vai acontecer. Mas o Romário também tem o mesmo foco, junto com torcedores, diretoria, todos os conselheiros — revela o gerente do America. — O que eu quero é planejar a Série D, para ter um calendário maior, suporte maior, até a nível de patrocínio. A Copa do Brasil é um tiro. A gente pode ficar fora já na primeira rodada. E aí, você só vai ter o prêmio de participação.

— Caso a Portuguesa seja campeã, claro que a gente vai escolher a Série D do Brasileiro. Sabemos que é uma competição que não favorece financeiramente, como a Copa do Brasil, porém, é um projeto antigo do clube — concorda o presidente Barros.

 Fonte: GE/O Globo.




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