Presidente da federação alerta que diminuição dos incentivos fiscais coloca o RJ em desvantagem competitiva.
Apesar de cenário desafiador diante de juros altos no Brasil e sinalização de maior protecionismo por parte do governo dos Estados Unidos, os investimentos públicos e privados no estado do Rio de Janeiro podem alcançar R$ 534 bilhões até 2027. Do total, R$ 336 bilhões são de projetos em andamento e R$ 198 bilhões potenciais. No Noroeste Fluminense, serão empregados cerca de R$ 591 milhões em diversas obras, com destaque para projetos na rodovia RJ-194 e reforma e ampliação do Hospital Municipal Hélio Montezano em Santo Antônio de Pádua. Os valores são apontados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que elaborou o Panorama dos Investimentos, com recortes por setores e regiões fluminenses.
“Estamos entregando um panorama completo dos recursos alocados em mais de mil investimentos. É mais uma contribuição que estamos dando para o planejamento e o desenvolvimento do nosso estado. Porém, temos que acompanhar a possibilidade de redução dos incentivos fiscais, conforme proposto pelo governo do estado, porque nesse caso ficaremos em desvantagem competitiva em relação aos outros estados e os investimentos e o desenvolvimento estarão ameaçados”, destaca o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
Dentro do montante estimado para o triênio 2025-2027 na região Noroeste Fluminense, destaque para projetos na rodovia RJ-194 e reforma e ampliação do Hospital Municipal Hélio Montezano em Santo Antônio de Pádua. Dentre os projetos confirmados está a ampliação de infraestrutura do aeroporto de Itaperuna e Delegacias de Laje do Muriaé e Porciùncula. Além disso, aproximadamente 300 milhões, serão utilizados em infraestrutura (ampliação, adequação e manutenção), como obras em estradas vicinais, por exemplo, em Aperibé, Itaocara, Italva, Cardoso, Miracema, Varre-Sai e Natividade. Também estão projetados investimentos de pavimentação e drenagem na RJ-194 e obra emergencial de contenção de encostas na RJ-214.
De acordo com o estudo, que por enquanto considera a
manutenção dos incentivos fiscais, o maior volume de investimentos (79,7%) em
andamento é do setor de energia, com R$ 267,8 bilhões. O mercado de petróleo e
gás natural, com a realização de investimentos de empresas como Petrobras,
Shell e Equinor em exploração e produção, além da construção de unidades
estacionárias de produção para campos em território fluminense, tem o maior
volume de recursos. Com relação à energia elétrica, o destaque é o programa de
extensão da vida útil de Angra 1.
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