A Comissão de Normas Internas e Proposições Externas da
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou por unanimidade,
nesta terça-feira (20/05), a indicação do vice-governador Thiago Pampolha (MDB)
como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O governador
Cláudio Castro (PL) oficializou a indicação na segunda-feira (19/05).
Todos os cinco integrantes da comissão votaram a favor da
indicação, que agora será submetida à apreciação do plenário da Casa. A votação
está prevista para esta quarta-feira (21/05).
A nomeação de Pampolha como conselheiro é parte de uma
articulação que tem como objetivo dar mais visibilidade ao presidente da Alerj,
deputado Rodrigo Bacellar (União). Com a ida do vice ao Tribunal, Bacellar
passa a ser o primeiro na linha sucessória do governador Cláudio Castro.
A Globo apurou que a expectativa é que Castro dê cada vez
mais espaço a Bacellar, culminando com uma possível renúncia do governador no
primeiro semestre de 2026. Nesse cenário, Castro concorreria a uma vaga no
Legislativo, e Bacellar seria candidato à reeleição como governador,
concorrendo sentado na cadeira.
Sem a indicação do vice ao TCE, a eventual renúncia de
Cláudio Castro beneficiaria Pampolha, com quem o governador não tem boa relação
desde o início de 2024.
Na sabatina, Pampolha destacou que não tinha inicialmente o
objetivo de ir para o TCE.
“Não era um sonho inicial. Fui eleito vice-governador do
estado. Fiz meu papel da melhor forma possível, ao lado do governador Cláudio
Castro, através da experiência e da bagagem que eu tinha, trazendo a minha
visão de mundo e colaborando com uma gestão em prol da população”, destacou.
“No entanto, entendi que neste momento seria muito
importante para mim essa decisão de vida de me candidatar a uma vaga como
conselheiro do TCE”, acrescentou.
Questionado sobre como vai atuar no Tribunal, Pampolha
garantiu que, apesar de sua trajetória como político, vai agir com
independência, e afirmou que o TCE precisa ter um papel de orientação.
“Vou agir no rigor da lei, trabalhando com estratégia,
entendendo que o Tribunal pode ajudar os gestores públicos a ter um melhor
planejamento.” *Com informações de O Globo.
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