Uma função normalmente ignorada por muitos usuários, presente
desde os primórdios do Facebook, vai ganhar importância especial nas próximas
semanas. Com a aplicação de novas regras de privacidade e proteção de dados na
Europa, a rede social voltará a questionar os usuários sobre o compartilhamento
de sua orientação sexual na plataforma, permitindo que eles ocultem essa
informação caso desejem.
Se você está se perguntando como o Facebook sabe disso,
saiba que essa informação, provavelmente, foi fornecida por você, mesmo sem
perceber. Está lembrado da opção “interessado em”, que permite escolher entre
homens e mulheres? Pois é, é dela que estamos falando, e é essa uma das
características abrangidas pela Regulação Geral de Proteção de Dados (GDPR, na
sigla em inglês), que acabará resultando em uma mudança na atuação global da
rede social.
Um dos termos do conjunto de regras tem a ver com o
compartilhamento de informações sensíveis, da qual a orientação sexual também
faz parte. Por isso, ao longo das próximas semanas, a rede social exibirá
notificações no topo da linha do tempo pedindo a todos os usuários que revisem
o preenchimento de alguns dados e também as opções de privacidade relacionadas
a eles, dando seu consentimento para o compartilhamento ou não dessas
informações.
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| Usuários deverão dar consentimento expresso para o compartilhamento de certas informações no Facebook. |
Além da orientação sexual, fazem parte dessa onda dados como
a posição política e alinhamento religioso, que poderão ser atualizados por
aqueles que nem se lembram da existência deles. Além disso, claro, será
possível controlar a privacidade de tais dados, compartilhando-os somente com
amigos, por exemplo.
Outro reflexo da passagem do ato é o retorno do
reconhecimento facial à Europa, território onde a função que sugere
automaticamente marcações em fotos estava desativada desde 2012 justamente por
questões relacionadas à privacidade. Agora, os usuários também serão
perguntados sobre a aplicação da tecnologia, para a qual também precisarão dar
consentimento expresso.
Além disso, as mudanças se aplicam a uma maior transparência
na forma como o Facebook coleta dados para fins de publicidade e, também,
alternativas mais fáceis para download de informações de perfis ou para
apagá-las caso o usuário deseje deixar a plataforma. Tais aspectos, entretanto,
ainda não foram revelados em detalhes pela empresa, que disse pretender falar
mais sobre esse assunto no futuro próximo.
As primeiras mudanças, entretanto, começam a ser aplicadas
ainda nesta semana. A ideia é começar pela Europa, mas rapidamente utilizar os
mesmos critérios em todo o mundo, também em preparação a outras legislações
sobre privacidade da informação que possam estar sendo preparadas em mais
territórios.
Canaltech
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