A quase um ano para a Copa do Mundo de 2018, Brasil e
Argentina se encontram em momentos completamente distintos. Enquanto os
pentacampeões mundiais ostentam uma série invicta de nove partidas e já estão
com o passaporte carimbado para a Rússia, a Alviceleste tenta se reconstruir
com a chegada do técnico Jorge Sampaoli, sucessor de Edgardo Bauza.
Neste cenário, as duas seleções, que juntas somam sete
títulos mundiais, se enfrentarão em partida amistosa a partir das 07h05 (de
Brasília) desta sexta-feira, na cidade australiana de Melbourne. Cerca de 100
mil pessoas são esperadas nas arquibancadas do Melbourne Cricket Garden.
No lado brasileiro, Tite tenta manter ou até mesmo crescer o
rendimento da equipe diante dos argentinos. Com o técnico gaúcho, a Seleção
sequer empatou, acumulando nove vitórias seguidas, sendo oito pelas
Eliminatórias para o Mundial.
“Esse é meu desafio, da comissão técnica e dos atletas:
consolidar e crescer. Não sei quanto pode crescer, mas tenho que dar
combustível, treinamento, criatividade…Atletas em alto nível em seus clubes
para que se consolide um estágio que possamos crescer”, afirmou.
Na Argentina, o estreante Sampaoli é a grande esperança para
a atual vice-campeã mundial recuperar o bom futebol. O novo comandante promete
armar um esquema com três zagueiros capaz de anular as virtudes brasileiras.
“Haverá um desenho para atacar e outro para defender.
Dependerá de quando teremos ou não a posse de bola. Essa organização estará
vinculada às mudanças do rival, que deveremos neutralizar. Teremos que criar
ataques que causem incômodo ao oponente”, projetou o ex-treinador do
Sevilla-ESP, amante da ofensividade.
A favor do argentino pesa o fato de poder contar com a força
máxima de sua seleção, tendo Messi, Di María, Dybala e Higuaín à sua
disposição. Tite, por sua vez, antecipou as férias de sete atletas: Neymar,
Casemiro, Daniel Alves, Marcelo, Marquinhos, Miranda e Alisson.
Tal situação, porém, não ilude Sampaoli. “Hoje o Brasil é
uma potência respeitada e ocupa o lugar que merece. Quanto a Neymar, é muito
importante para a equipe porque é um dos melhores jogadores do mundo. (A
ausência dele) Não afetará nem um pouco o rendimento do nosso rival, já que o
Brasil conta com muitos atletas que podem substituí-lo”, ressaltou.
Se não tem todas as peças às suas mãos, Tite aposta na
engrenagem já construída no time canarinho. “O primeiro aspecto que levo em
consideração é oportunizar aos atletas que entrem com harmonia de equipe,
entrosamento, coordenação de movimentos e confiança. Para jogar sem pensar, e
depois começar a estabelecer variações de movimentos ou de sistemas”, disse o
treinador brasileiro, que, apesar da ótima fase, acentua o respeito ao
adversário.
“A Argentina chega motivada pela troca no comando técnico,
enquanto que a nossa equipe também tem empolgação pelo clássico que vamos
disputar, por estarmos defendendo a camisa da Seleção Brasileira e pelos bons
resultados recentes. Tem tudo para ser um confronto muito equilibrado, mas como
clássico é teste é algo muito importante. Vamos tentar tirar o máximo de
proveito”, conscientizou-se.
GE
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