A internet possui uma máxima um tanto curiosa: se algo
existe, há uma versão pornô daquilo. É a velha Regra 34 que o pessoal comenta
em fóruns e sites, mas que parece mais atual do que nunca. Afinal, parece que
essa “lei” também passou a abranger serviços, mostrando que as
pessoas conseguiram inserir sexo até mesmo em plataformas onde a prática não é
o foco. É o caso do Facebook Live, a ferramenta criada pela rede social para a
transmissão de vídeos ao vivo que se transformou em uma maneira de mostrar ao
mundo cenas de sexo em tempo real.
A prova disso veio direto dos Estados Unidos. De acordo com
o CNET, um grupo de adolescentes decidiu se aproveitar do recurso para dar
aquela apimentada no feed de notícias de seus amigos. O problema é que a
brincadeira logo virou caso de polícia, que emitiu um mandado de busca para
obter todas as informações possíveis sobre essas transmissões indevidas e os
envolvidos nela.
Parece brincadeira, mas é algo bastante sério, já que o caso
envolve menores de idade. De acordo com o site, o caso ocorreu na Escola Barack
Obama, na cidade norte-americana de Milwaukee, e envolveu duas garotas e um
menino com idades entre 14 e 15 anos. A partir disso já é possível imaginar o
tamanho do problema, certo?
Tanto que nem a força policial e nem o Facebook fizeram
qualquer comentário sobre o ocorrido para evitar que a identidade dos
envolvidos fosse exposta e também para evitar que o caso ganhe mais
notoriedade. Por outro lado, a Escola Barack Obama emitiu uma nota ao canal de
TV CBS, na qual diz que ficou ciente do vídeo em janeiro e, mesmo com o
conteúdo tendo sido gravado fora do campus, a instituição notificou
imediatamente as autoridades e segue colaborando com as investigações. O
colégio disse também ter aplicado ações disciplinares nos envolvidos.
A empresa de Mark Zuckerberg se limitou a dizer que não
comenta casos isolados e que segue lutando para fazer com que o Facebook Live
seja um espaço seguro para pessoas de todas as idades. Para isso, o serviço
conta com um sistema de denúncia para que os próprios usuários possam informar
quando alguém está desrespeitando as regras e apresentando algum conteúdo
indevido.
E, como aponta o próprio CNET, adolescentes sempre fizeram
coisas estúpidas — a diferença é que a tecnologia só deixou isso mais fácil.
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Tecnologia