A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que o
Brasil é um país "de conflitos" e que deve aprender a conviver com
eles, em aparente alusão aos protestos contra a Copa do Mundo que aconteciam em
várias cidades.
"Não negamos os conflitos, temos que aprender a
conviver com eles" e "não há nenhuma vergonha nisso, vergonhoso seria
não reconhecê-los e não buscar soluções", declarou Dilma durante um ato no
qual sindicatos e empresas assinaram um pacto em favor do "trabalho
decente" durante a Copa.
O documento estabelece um compromisso em campanhas de
combate ao trabalho infantil e exploração sexual, assim como em favor do
respeito às normas trabalhistas durante a competição.
O ato coincidiu com uma jornada de manifestações convocada
por movimentos sociais que protestam contra o elevado gasto público no evento
da Fifa e exigem que o governo garanta serviços públicos de qualidade.
Em uma alusão direta a essas reivindicações, Dilma assegurou
que os brasileiros ficarão com "o legado do Mundial".
"Os aeroportos ficam para nós, obras de mobilidade
ficam para nós, estádios ficam pra nós. Isso que é a questão central dessa copa
e finalmente a última é que faremos sem sombra de dúvida a Copa das
Copas", garantiu.
A presidente também reiterou que "o Brasil receberá
muito bem" os turistas que chegarem para o Mundial, que poderão comprovar
que o "compromisso brasileiro com a hospitalidade" é "parte da
cultura e da alma da população".
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