Executivos da construtora Odebrecht apontaram mais de cem
políticos, como deputados, senadores, ministros, governadores e ex-governadores
sendo beneficiários de desvios de dinheiro público ou recebedores de outras
vantagens, como repasses de verbas para campanha.
Entre os citados nas negociações para adquirirem colaboração
premiada, estão o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); de
São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); e de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).
Apesar das citações, ainda não foram delimitadas as
circunstâncias em que eles aparecem nas delações. Entre os ex-governadores está
Sérgio Cabral (PMDB-RJ). Informações sobre ele já citadas por Paulo Roberto
Costa são consideradas pela força-tarefa como consistentes.
De acordo com o jornalista Lauro Jardim, os depoimentos dos
15 executivos começarão nesta sexta-feira (29). Um deles é o do ex-presidente
da empreiteira, Marcelo Odebrecht, cuja delação foi considerada uma
"metralhadora .100" pelo ex-presidente José Sarney em áudios gravados
pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
As negociações entre Ministério Público e os réus avançaram
após advogados informarem aos investigadores que foram recuperados arquivos
eletrônicos do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, um departamento
dedicado exclusivamente ao pagamento de propina.
Jornal O Globo
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