Câmara Municipal afasta prefeito de Cambuci

O prefeito de Cambuci, Agnaldinho Mello (PMDB), foi afastado do cargo pela Câmara de Vereadores na noite desta terça-feira (26/05), por um prazo de 90 dias. Ele é acusado de gastar R$ 300 mil com o carnaval da cidade no início deste ano, mas a festa não aconteceu. As informações são do programa Fim de Tarde, apresentado pelo jornalista Roberto Barbosa, na rádio Diário FM (100,7MHZ).

O afastamento foi aprovado por 8 votos a 1, porque os vereadores consideraram que estando no cargo o prefeito poderia atrapalhar as investigações. Ao tomar conhecimento do afastamento, o vice-prefeito José Defanti anunciou que não vai assumir o cargo. Neste caso, deve assumir interinamente o presidente da Câmara, o vereador Tadeu Lima Sardoux (PTB).

Agnaldinho é filho do ex-prefeito Agnaldo Perez Mello, atual secretário de Saúde do município e condenado por apropriação indébita de recursos públicos.

No governo, o prefeito mantinha uma relação conturbada com o legislativo e a sociedade civil organizada. Eleito em 2012, ele provocou uma crise na Saúde ao intervir no Hospital Moacyr Gomes de Azevedo, uma entidade filantrópica administrada pela Associação Hospitalar de Cambuci.

A entidade gerenciada por médicos conseguiu transformar o hospital na sexta melhor unidade pública de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Ano passado, no entanto, o prefeito interviu na administração por meio de decreto e passou a desativar serviços, como o setor de internações. Em recente inspeção, o Ministério Público Federal (MPF) encontrou dois mil medicamentos com validade vencida na farmácia. Na ocasião, dois funcionários e o secretário de Saúde foram levados para prestar depoimento na Delegacia de São Sebastião do Alto.

O prefeito se notabilizou na comunidade pelo comportamento exótico. Tem o hábito, por exemplo, de refugiar em uma ilha, segundo auxiliares, para ficar próximo das capivaras. Este ano, quando a TV Globo exibia a novela Império, de Agnaldo Silva, ele passou a vestir-se de preto e a desfilar com cordões e pulseiras, seguindo o estilo do personagem José Alfredo, o “Comendador”, interpretado pelo ator Alexandre Nero.

Nos próximos 90 dias, caso os vereadores cheguem aos elementos de convicção sobre desvio de recursos, o legislativo deverá instaurar uma Comissão Processante (CP), podendo consumar a cassação definitiva do prefeito.

Fonte: Viu Online

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