A Federação Internacional de Futebol (Fifa) decidiu não
punir o zagueiro colombiano Zúñiga pela falta cometida no final do segundo
tempo do jogo das quartas de final que tirou o atacante Neymar da Copa do
Mundo. O Comitê Disciplinar da entidade distribuiu um comunicado oficial
explicando os motivos pelos quais não poderia punir o atleta.
No documento, o comitê informou também que não poderá
atender ao pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de cancelar o
cartão amarelo aplicado ao jogador Thiago Silva durante a mesma partida, na
última sexta-feira (4). Segundo o comitê, não há base legal para concessão de
tal pedido.
A nota ressalta que o comitê lamenta profundamente o
incidente e as graves consequências para a saúde de Neymar. O documento informa
ainda que, depois de analisar a questão e os documentos enviados pela CBF, a
Fifa concluiu que as condições descritas em seu código disciplinar (CDF) não
permitem que o Comitê Disciplinar intervenha em tal situação.
De acordo com a Fifa, no caso da falta sofrida pelo jogador
brasileiro, nenhuma ação retrospectiva pode ser tomada pelo comitê, já que o
incidente envolvendo Neymar e Zúñiga não escapou da atenção dos árbitros,
primeira das duas condições cumulativas e necessárias para que o Artigo 77-A do
Código Disciplicar da Fifa seja aplicado.
A federação lembra que, ao mesmo tempo, o Artigo 77-B do
CDF, que habilita a Comitê Disciplinar a corrigir erros óbvios nas decisões
disciplinares do árbitro, também não pode ser aplicado neste caso, já que o
árbitro não mostrou cartão amarelo, nem vermelho ao atleta colombiano. Tal
artigo estipula que o Comitê Disciplinar pode corrigir erros óbvios nas
decisões disciplinares do árbitro, o que só é possível em caso de confusão na
identificação, quando um árbitro mostra cartão amarelo ou vermelho para o
jogador errado.
Agências de Notícias
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